quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Soros e suas Funções.

     Você já deve ter ouvido falar que quando uma pessoa se fere em algum local enferrujado ele tem que tomar o Soro Antitetânico para que não contraia o Tétano.
     Mas porquê tomar o soro antitetânico e não a Vacina antitetânica? Qual a diferença?
     Os soros promovem uma imunização passageira. Isso porque os anticorpos contidos nos soros combatem as toxinas antes que elas atinjam o sistema imunitário da pessoa; com o tempo, o nível de anticorpos se reduz no organismo até desaparecer.O soro não estimula a produção de anticorpos, portanto sua ação é combativa, ou seja, destrói os antígenos da doença, mas não impede que o usuário se contamine depois.
      As vacinas não promovem o combate na hora, e sim estimulam o organismo a produzir os anticorpos contra aquele antígeno, e impede que o usuário contraia a doença.

     O processo de produção do soro antiofídico consiste na aplicação de pequenas doses de veneno no animal. Neste período, o organismo do cavalo produz anticorpos contra o veneno. Depois de um determinado período sofre sangria. Os anticorpos são separados por centrifugação do sangue. Em seguida ele sofre liofilização (remoção de água) e é armazenado.
No Brasil são produzidos basicamente os seguintes soros antiofídicos:
  • Antibotrópico = contra acidentes de jararacas
  • Anticrotálico = contra acidentes de cascavel
  • Antilaquético = contra acidentes de surucucu
  • Antielapídido = contra acidentes de cobra-coral
  • Anticrotálico-botrópico = contra acidentes com cascavéis e jararacas
  • Antibotrópico-laquético = contra acidentes com cascavéis e surucucus

      Existem cerca de 260 espécies de serpente conhecidas no Brasil. Destas, 40 são capazes de envenenar pessoas e animais. Os venenos de cada grupo de cobra são bem diferentes. Por isso, a picada de cada cobra causa efeitos diversos. Para cada um desses venenos, há um soro. Por isso é importante saber direito qual cobra deu a picada.

      A picada das corais verdadeiras (Micrurus sp.) é mortal. O veneno delas paralisa o músculo do diafragma, impedindo a respiração da vítima. Entretanto, elas não são agressivas. São responsáveis por apenas 0,4% dos acidentes por serpentes peçonhentas no Brasil. Existem espécies de cobra coral não peçonhentas (Erythrolamprus sp., Oxyrhopus sp. e Anilius sp.). As corais falsas – como são chamadas popularmente – são tão parecidas com sua “parente” mais famosa, que se avistar uma cobra colorida, com anéis vermelhos, negros e brancos, é melhor não arriscar e sair de perto sem tentar descobrir se é uma coral verdadeira ou falsa. Os anéis coloridos das corais falsas não contornam o corpo todo.

       Os sintomas dos venenos da jararacuçu (Bothrops sp.) e da surucucu (Lachesis sp.) são bem parecidos. Causam hemorragia, inchaço e destroem os tecidos na região da picada. A jararacuçu é responsável por 90% dos envenenamentos por cobra no Brasil. É de longe a cobra que mais pica seres humanos no país.  Por outro lado, não existem muitos relatos de picadas de surucucu. Isso ocorre porque essas serpentes são encontradas apenas em florestas e, portanto, têm menos contato com o homem.
       A cascavel (Crotalus sp.) é famosa por seu chocalho. Localizado na ponta da cauda, o chocalho serve para avisar – tem uma cascavel por perto – e espantar animais maiores, que poderiam machucar a serpente. Ele é formado aos poucos: a cada troca de pele, a cascavel mantém um pouco dela amarrada na ponta. Com o tempo, esses pedaços de pele viram guizos que fazem o famoso barulho de chocalho desta cobra. O veneno da cascavel provoca visão dupla e paralisa os músculos da vítima.
Cuidando das picadas
 Jararacuçu. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Jararacuçu. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Se você for picado por um animal peçonhento, a solução é ir ao posto de saúde o mais rápido possível para receber soro. Mas não é qualquer soro, não. Existem tipos específicos para cada serpente peçonhenta e para aranhas e escorpiões.

Para tratar a picada da cobra coral é preciso aplicar o soro antielapídico, e de uma cascavel o anticrotálico. Se o veneno for de jararacuçu, o soro certo é antibotrópico. Mas se for de uma surucucu deve-se usar o antilaquético.

Como é difícil distinguir jararacuçus e surucucus, existe um soro que serve para a picada de ambas espécies, o antibotrópico-laquético. Se houver dúvidas, o melhor é aplicar este soro em vez dos específicos.
Há ainda soros contra os venenos de aranhas e escorpiões: o antiaracnídeo e o antiescorpiônico. A melhor forma de saber a espécie é capturar o animal com muito cuidado e levá-lo junto com o doente para o hospital ou posto de saúde, para a identificação correta por um profissional.
Como se faz o soro
 Extração do veneno. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Extração do veneno. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Os soros são produzidos a partir do próprio veneno em questão. É preciso primeiro extrair o veneno. Depois disso, uma pequena quantidade de veneno é injetada em um cavalo, para que este produza anticorpos contra o veneno. O sangue rico em anticorpos é retirado do cavalo e, deste sangue, retira-se a parte líquida – o plasma. O plasma é então purificado e está pronto para salvar vidas.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Periquitos Australianos - Alimentação e Manejo

Depois de um tempinho sem postar nada no Blog eu estou de volta.. E vou fazer uma postagem sobre uma ave que muita gente cria em casa, mas nem todos fazem a Alimentação e manejo correto dessas belas aves que são os Periquitos Australianos.

periquito-australiano ou periquito-comum (Melopsittacus undulatus) é uma espécie de ave psitaciforme pertencente à família Psittacidae. É um animal de estimação muito popular.

DESCRIÇÃO


Os periquitos-australianos são aves pequenas, com uma envergadura média de 18 cm. Em cativeiro, têm uma esperança média de vida de 12 anos. As fêmeas da espécie são ligeiramentes mais pesadas podendo alcançar entre 24 e 40 gramas, enquanto os machos, selvagens, entre 22 e 32 gramas.
Em seu habitat natural, apresenta tons esverdeados cintilantes, e faixas, parecidas com listras, em tons de preto, com diversos formatos começando da cabeça até o rabo, geralmente ocorrendo somente na parte de cima da ave. Da face até um pouco pra cima do bico, é em tons de amarelo, podendo ter pequenas manchas, em suas bochechas.
O periquito-australiano é uma das duas únicas espécies de aves psitaciformes verdadeiramente domesticadas pelo homem (a outra é o inseparável-de-faces-rosadas). A espécie é alvo de seleção artificial e reprodução em cativeiro desde a década de 1850. Os periquitos-australianos podem aprender a falar. A ave doméstica registada com o maior vocabulário foi um periquito-australiano chamado Puck[1].

ALIMENTAÇÃO

Os periquitos-australianos alimentam-se quase exclusivamente de sementes de gramíneas, quando em estado natural. São de hábitos diurnos, sendo que de dia buscam comida e alimentam seus filhotes, e de noite descansam, sendo muito importante para eles durmir, ja que se não fizeram isso de uma forma correta poderá ocasionar várias problemas de saúde, principalmente quando domesticados. Em cativeiro, a dieta é complementada com verduras, frutas, farinhadas e outros complementos alimentares. Verduras que comem: chicória molhada, espinafre; Frutas que comem: banana, laranja. Recomenda-se não dar em hipótese alguma abacate e semente de maçã, pois contém substâncias nocivas para a saúde dos periquitos-australianos
MUTAÇÕES

Os periquitos ondulados como também são conhecidos apresentam uma enorme variedade de mutações do "original" verde: Verde Claro, Azul, Factor Escuro, Cinzento, Violeta, Face Amarela tipo I e tipo II, Opalino, Saddleback, Spangle, Spangle Melânico, Canela, Fallow, Lutinos e Albinos, Diluídos, Asas Claras, Asas Cinzentas, Arco Íris, Corpos-Claro, Arlequim Australiano, Rémiges Claras, Arlequim Holandês, Arlequim Dinamarquês, Amarelos e Brancos de Olhos Preto, Slate, Antracite, Face Preta, Periquitos de Poupa, O Mottle, Bicolores, Frisados, Feather Duster e diversas, para não dizer infinitas, combinações entre estas mutações.

ALBINISMO
É muito raro acontecer um caso de albinismo num periquito-australiano. É possivel diferenciar um periquito albino dos outros através da cor de suas penas, sendo estas totalmente isentas de coloração além do branco, olhos vermelhos, bico amarelo claro, patas cor de rosa e a cera do macho invez de ser azúl, é púrpura. Apesar de não terem tons variados como os outros, são igualmente atraentes, já que formam um maior contraste com o ambiente.

REPRODUÇÃO
Os periquitos-australianos não apresentam nenhum tipo de dimorfismo sexual a primeira vista, mas é possível diferenciar o sexo através da cor da cera, uma estrutura presente a cima do bico da ave, onde se localiza as duas narinas, sendo a cor da cera das fêmeas para um tom mais rosado, e os dos machos, para um tom azulado, mas somente quando o periquito atinge sua fase adulta, podendo esta regra ser uma exceção, no caso da ave ser albina ou lutina, sendo as ceras dos machos púrpura rosada, dando a impressão que não passaram da fase juvenil. Um fator importante que diferencia um adulto de um filhote, é a íris dos olhos, sendo a do adulto em volta branca e no meio preta e do filhote totalmente preta.
Um periquito-australiano está maduro para se reproduzir com 1 ano de vida, sendo o período propício quando o clima está quente e há uma maior abundância de alimentos, sendo este período de Setembro a Março no Brasil. Em cativeiro pode ocorrer exceções, sendo que os periquitos acasalem e têm filhotes fora da época de reprodução. Após 2 meses aproximadamente do acasalamento a fêmea começa a postura de ovos.Ocorre um intervalo de 3 dias para que ela coloque outro ovo, demorando entre 18 a 19 dias para que os primeiros filhotes nasçam. Durante este tempo, a fêmea recebe alimento do macho, sendo normal ela fazer suas necessidades dentro do ninho.
Segue abaixo algumas fotos dessas aves.