terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Serpentes.

Pelo calendário Chinês, a ano de 2013 irá ser regido pela SERPENTE.

Irei falar um pouco sobre essas criaturas incríveis que são as serpentes.

As serpentes (Serpentes), também chamadas ofídios (Ophidia), cobras, mbóis, mboias e malacatifas, são répteispoiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à subordem Serpentes. São bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem SquamataHá também várias espécies de lagartos sem patas que se assemelham a cobras, sem estarem relacionados com estas, no entanto. A atração pelas serpentes é chamada de ofidiofilia. A repulsão é chamada de ofidiofobia. O estudo dos répteis e anfíbios chama-seherpetologia (da palavra grega herpéton, que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).

ANATOMIA

Esqueleto
O esqueleto da maioria das serpentes consiste apenas do crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas.
A coluna vertebral possui aproximadamente entre 200 e 400 (ou mais) vértebras. Destas, em torno de 20% (às vezes menos) são da cauda e não possuem costelas. Já as vértebras do corpo possuem, cada uma, duas costelas articuladas a elas. As vértebras também possuem projeções às quais se fixam os fortes músculos que as serpentes usam para se locomover.
Pele
A pele das cobras é coberta por escamas. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente (em um processo conhecido como ecdise ou muda). Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde, como por exemplo no símbolo da medicina (o bastão de Esculápio). Nos Caenophidia, as escamas ventrais e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.
Sentidos
Apesar de a visão não ser particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arboreal e pior na espécie terrestre), não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos chamados de fossetas que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos. Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. A maioria das serpentes usa a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.
Órgãos internos
O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo de modo que um esteja à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral .

Tipos de dentição em serpentes


Os diferentes tipos de dentição em serpentes possibilitam a diferenciação das espécies peçonhentas das não-peçonhentas. As serpentes podem apresentar quatro tipos de dentição: áglifaopistóglifaproteróglifa e solenóglifa.

Áglifa
Tipo de dentição característico das serpentes sem aparelho inoculador de peçonha. Os dentes são maciços e sem canal inoculador de peçonha. Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição. Exemplos: sucurijibóia, etc.
Opistóglifa
Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Dentição característica de alguns membros da família Colubridae como a falsa-coralmuçurana, entre outras.
Proteróglifa
Tipo de dentição característica das serpentes da família Elapidae. Apresentam dois dentes inoculadores de peçonha na parte anterior do maxilar superior, de carácter marcadamente forte, não retráteis. Exemplos: coral-verdadeira e serpentes marinhas.
Solenóglifa
Dentição característica das serpentes da família Viperidae. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de um potente peçonha de caráter neurotóxico, hemotóxico e ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, a peçonha é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser humano. Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de peçonha maior do que uma serpente da família das proteroglifas. Isso agrava ainda mais a conseqüência da picada. Exemplos: cascaveljararacasurucucuurutu, etc

COMPORTAMENTO.

Alimentação

Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), avesovos ou insetos. Algumas cobras têm peçonha para matar as suaspresas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por constrição. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas. Isso se dá graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de encaixe, que quando necessário desarticula sua mandíbula para se adaptar ao tamanho de sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.
Serpente da espécie Pantherophis guttatus a engolir um rato.
As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma atividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pelo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de ácido úrico.
Normalmente, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há relatos envolvendo serpentes grandes, como pythons. Apesar de serem dóceis, existem algumas espécies particularmente agressivas, mesmo assim, a maioria não ataca seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contato.

Locomoção

Jararacuçu-do-brejo se locomovendo na areia da estrada (comprimento 2 metros).
Jararacuçu-do-brejo, sequencia da locomoção.
As cobras usam quatro métodos de locomoção que lhes permitem uma mobilidade substancial mesmo perante a sua condição de "répteis sem pernas".
Todas as serpentes têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.
Além disto, as serpentes também são capazes do "movimento de concertina", ou "movimento de sanfona". Este método de movimentação pode ser usado para trepar em árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errônea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade, as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.
Outro método comum de locomoção é locomoção retilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como se de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.
No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zigue-zague, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.
Nem todas as serpentes são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra, que pode atingir até 20 km/h.
Nem todas as serpentes vivem em terra; serpentes marítimas vivem em mares tropicais pouco profundos.

Reprodução

As serpentes usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipénis bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das serpentes põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas autores entendem que essas espécies são ovovivíparas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.
Recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se encontrassem no exterior.
Serpentes peçonhentas
Embora apenas um quarto das serpentes sejam peçonhentas - é vulgar chamar erradamente venenosos aos animais que injetam sua toxina-, muitas das espécies são letais aos humanos. Estas serpentes letais são geralmente agressivas e sua peçonha pode matar um adulto saudável, se este não for devidamente tratado no período de algumas horas.
As cobras venenosas são classificadas em quatro famílias taxonómicas:
Em Portugal, apenas existem espécies de duas destas famílias - Colubridae e Viperidae. Apenas três espécies merecem referência como perigosas para o Homem: a cobra-rateira, a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane. Os casos de mordeduras fatais conhecidos são raros e ocorreram principalmente em indivíduos debilitados, idosos, doentes ou crianças. Existem antídotos específicos para o veneno destas espécies.

Sobrevivência a mordidas de serpentes venenosas

Há pouca razão para temer a morte devido à mordedura de serpentes. Apenas um quarto das cobras é peçonhenta, e dentre as 7 000 mordidas de cobras registradas na América por ano, menos de 15 vítimas morrem. No entanto, se você for mordido por uma serpente, há certos procedimentos a seguir. Primeiramente, distancie-se da cobra agressora. Segundo, localize um ou dois ferimentos puntiformes em seu corpo. Se o local da mordida começar a inchar ou doer muito, então você foi envenenado. Se possível, mantenha o ferimento acima ou no mesmo nível do coração para facilitar a circulação e rapidamente procure auxílio médico. O veneno em si normalmente não o matará, mas exacerbar-se enquanto envenenado pode ser fatal. Não amarre o local da mordida para impedir que o veneno espalhe-se, pois a falta de circulação sanguínea pode matar o local. Além do mais, o veneno espalha-se por seu sistema circulatório quase que instantaneamente quando é injetado. Apesar da crença popular, não se pode sugar o veneno da cobra usando-se a boca.

Sinais e sintomas

  • Marca dos dentes na pele;
  • Dor local e inflamação;
  • Pulso acelerado e respiração dificultosa;
  • Debilidade física;
  • Problemas de visão;
  • Náuseas e vômitos;
  • Hemorragias.















quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Soros e suas Funções.

     Você já deve ter ouvido falar que quando uma pessoa se fere em algum local enferrujado ele tem que tomar o Soro Antitetânico para que não contraia o Tétano.
     Mas porquê tomar o soro antitetânico e não a Vacina antitetânica? Qual a diferença?
     Os soros promovem uma imunização passageira. Isso porque os anticorpos contidos nos soros combatem as toxinas antes que elas atinjam o sistema imunitário da pessoa; com o tempo, o nível de anticorpos se reduz no organismo até desaparecer.O soro não estimula a produção de anticorpos, portanto sua ação é combativa, ou seja, destrói os antígenos da doença, mas não impede que o usuário se contamine depois.
      As vacinas não promovem o combate na hora, e sim estimulam o organismo a produzir os anticorpos contra aquele antígeno, e impede que o usuário contraia a doença.

     O processo de produção do soro antiofídico consiste na aplicação de pequenas doses de veneno no animal. Neste período, o organismo do cavalo produz anticorpos contra o veneno. Depois de um determinado período sofre sangria. Os anticorpos são separados por centrifugação do sangue. Em seguida ele sofre liofilização (remoção de água) e é armazenado.
No Brasil são produzidos basicamente os seguintes soros antiofídicos:
  • Antibotrópico = contra acidentes de jararacas
  • Anticrotálico = contra acidentes de cascavel
  • Antilaquético = contra acidentes de surucucu
  • Antielapídido = contra acidentes de cobra-coral
  • Anticrotálico-botrópico = contra acidentes com cascavéis e jararacas
  • Antibotrópico-laquético = contra acidentes com cascavéis e surucucus

      Existem cerca de 260 espécies de serpente conhecidas no Brasil. Destas, 40 são capazes de envenenar pessoas e animais. Os venenos de cada grupo de cobra são bem diferentes. Por isso, a picada de cada cobra causa efeitos diversos. Para cada um desses venenos, há um soro. Por isso é importante saber direito qual cobra deu a picada.

      A picada das corais verdadeiras (Micrurus sp.) é mortal. O veneno delas paralisa o músculo do diafragma, impedindo a respiração da vítima. Entretanto, elas não são agressivas. São responsáveis por apenas 0,4% dos acidentes por serpentes peçonhentas no Brasil. Existem espécies de cobra coral não peçonhentas (Erythrolamprus sp., Oxyrhopus sp. e Anilius sp.). As corais falsas – como são chamadas popularmente – são tão parecidas com sua “parente” mais famosa, que se avistar uma cobra colorida, com anéis vermelhos, negros e brancos, é melhor não arriscar e sair de perto sem tentar descobrir se é uma coral verdadeira ou falsa. Os anéis coloridos das corais falsas não contornam o corpo todo.

       Os sintomas dos venenos da jararacuçu (Bothrops sp.) e da surucucu (Lachesis sp.) são bem parecidos. Causam hemorragia, inchaço e destroem os tecidos na região da picada. A jararacuçu é responsável por 90% dos envenenamentos por cobra no Brasil. É de longe a cobra que mais pica seres humanos no país.  Por outro lado, não existem muitos relatos de picadas de surucucu. Isso ocorre porque essas serpentes são encontradas apenas em florestas e, portanto, têm menos contato com o homem.
       A cascavel (Crotalus sp.) é famosa por seu chocalho. Localizado na ponta da cauda, o chocalho serve para avisar – tem uma cascavel por perto – e espantar animais maiores, que poderiam machucar a serpente. Ele é formado aos poucos: a cada troca de pele, a cascavel mantém um pouco dela amarrada na ponta. Com o tempo, esses pedaços de pele viram guizos que fazem o famoso barulho de chocalho desta cobra. O veneno da cascavel provoca visão dupla e paralisa os músculos da vítima.
Cuidando das picadas
 Jararacuçu. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Jararacuçu. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Se você for picado por um animal peçonhento, a solução é ir ao posto de saúde o mais rápido possível para receber soro. Mas não é qualquer soro, não. Existem tipos específicos para cada serpente peçonhenta e para aranhas e escorpiões.

Para tratar a picada da cobra coral é preciso aplicar o soro antielapídico, e de uma cascavel o anticrotálico. Se o veneno for de jararacuçu, o soro certo é antibotrópico. Mas se for de uma surucucu deve-se usar o antilaquético.

Como é difícil distinguir jararacuçus e surucucus, existe um soro que serve para a picada de ambas espécies, o antibotrópico-laquético. Se houver dúvidas, o melhor é aplicar este soro em vez dos específicos.
Há ainda soros contra os venenos de aranhas e escorpiões: o antiaracnídeo e o antiescorpiônico. A melhor forma de saber a espécie é capturar o animal com muito cuidado e levá-lo junto com o doente para o hospital ou posto de saúde, para a identificação correta por um profissional.
Como se faz o soro
 Extração do veneno. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Extração do veneno. Arquivo Instituto Vital Brasil.
Os soros são produzidos a partir do próprio veneno em questão. É preciso primeiro extrair o veneno. Depois disso, uma pequena quantidade de veneno é injetada em um cavalo, para que este produza anticorpos contra o veneno. O sangue rico em anticorpos é retirado do cavalo e, deste sangue, retira-se a parte líquida – o plasma. O plasma é então purificado e está pronto para salvar vidas.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Periquitos Australianos - Alimentação e Manejo

Depois de um tempinho sem postar nada no Blog eu estou de volta.. E vou fazer uma postagem sobre uma ave que muita gente cria em casa, mas nem todos fazem a Alimentação e manejo correto dessas belas aves que são os Periquitos Australianos.

periquito-australiano ou periquito-comum (Melopsittacus undulatus) é uma espécie de ave psitaciforme pertencente à família Psittacidae. É um animal de estimação muito popular.

DESCRIÇÃO


Os periquitos-australianos são aves pequenas, com uma envergadura média de 18 cm. Em cativeiro, têm uma esperança média de vida de 12 anos. As fêmeas da espécie são ligeiramentes mais pesadas podendo alcançar entre 24 e 40 gramas, enquanto os machos, selvagens, entre 22 e 32 gramas.
Em seu habitat natural, apresenta tons esverdeados cintilantes, e faixas, parecidas com listras, em tons de preto, com diversos formatos começando da cabeça até o rabo, geralmente ocorrendo somente na parte de cima da ave. Da face até um pouco pra cima do bico, é em tons de amarelo, podendo ter pequenas manchas, em suas bochechas.
O periquito-australiano é uma das duas únicas espécies de aves psitaciformes verdadeiramente domesticadas pelo homem (a outra é o inseparável-de-faces-rosadas). A espécie é alvo de seleção artificial e reprodução em cativeiro desde a década de 1850. Os periquitos-australianos podem aprender a falar. A ave doméstica registada com o maior vocabulário foi um periquito-australiano chamado Puck[1].

ALIMENTAÇÃO

Os periquitos-australianos alimentam-se quase exclusivamente de sementes de gramíneas, quando em estado natural. São de hábitos diurnos, sendo que de dia buscam comida e alimentam seus filhotes, e de noite descansam, sendo muito importante para eles durmir, ja que se não fizeram isso de uma forma correta poderá ocasionar várias problemas de saúde, principalmente quando domesticados. Em cativeiro, a dieta é complementada com verduras, frutas, farinhadas e outros complementos alimentares. Verduras que comem: chicória molhada, espinafre; Frutas que comem: banana, laranja. Recomenda-se não dar em hipótese alguma abacate e semente de maçã, pois contém substâncias nocivas para a saúde dos periquitos-australianos
MUTAÇÕES

Os periquitos ondulados como também são conhecidos apresentam uma enorme variedade de mutações do "original" verde: Verde Claro, Azul, Factor Escuro, Cinzento, Violeta, Face Amarela tipo I e tipo II, Opalino, Saddleback, Spangle, Spangle Melânico, Canela, Fallow, Lutinos e Albinos, Diluídos, Asas Claras, Asas Cinzentas, Arco Íris, Corpos-Claro, Arlequim Australiano, Rémiges Claras, Arlequim Holandês, Arlequim Dinamarquês, Amarelos e Brancos de Olhos Preto, Slate, Antracite, Face Preta, Periquitos de Poupa, O Mottle, Bicolores, Frisados, Feather Duster e diversas, para não dizer infinitas, combinações entre estas mutações.

ALBINISMO
É muito raro acontecer um caso de albinismo num periquito-australiano. É possivel diferenciar um periquito albino dos outros através da cor de suas penas, sendo estas totalmente isentas de coloração além do branco, olhos vermelhos, bico amarelo claro, patas cor de rosa e a cera do macho invez de ser azúl, é púrpura. Apesar de não terem tons variados como os outros, são igualmente atraentes, já que formam um maior contraste com o ambiente.

REPRODUÇÃO
Os periquitos-australianos não apresentam nenhum tipo de dimorfismo sexual a primeira vista, mas é possível diferenciar o sexo através da cor da cera, uma estrutura presente a cima do bico da ave, onde se localiza as duas narinas, sendo a cor da cera das fêmeas para um tom mais rosado, e os dos machos, para um tom azulado, mas somente quando o periquito atinge sua fase adulta, podendo esta regra ser uma exceção, no caso da ave ser albina ou lutina, sendo as ceras dos machos púrpura rosada, dando a impressão que não passaram da fase juvenil. Um fator importante que diferencia um adulto de um filhote, é a íris dos olhos, sendo a do adulto em volta branca e no meio preta e do filhote totalmente preta.
Um periquito-australiano está maduro para se reproduzir com 1 ano de vida, sendo o período propício quando o clima está quente e há uma maior abundância de alimentos, sendo este período de Setembro a Março no Brasil. Em cativeiro pode ocorrer exceções, sendo que os periquitos acasalem e têm filhotes fora da época de reprodução. Após 2 meses aproximadamente do acasalamento a fêmea começa a postura de ovos.Ocorre um intervalo de 3 dias para que ela coloque outro ovo, demorando entre 18 a 19 dias para que os primeiros filhotes nasçam. Durante este tempo, a fêmea recebe alimento do macho, sendo normal ela fazer suas necessidades dentro do ninho.
Segue abaixo algumas fotos dessas aves.


















sábado, 10 de novembro de 2012

Calopsitas - Alimentação e Manejo


Bom, eu vou falar um pouco sobre as Calopsitas.

calopsita ou caturra (Nymphicus hollandicus) é uma ave que pertence à ordem dos Psitaciformes e à família Cacatuidae. Natural da Austrália, a espécie foi descrita pela primeira vez em 1792.
Em 1838 um ornitólogo inglês  John Gould, viajou para a Austrália com o objetivo de estudar a fauna e realizar desenhos de aves. Ele foi o responsável pela fama mundial das calopsitas pois ele foi o primeiro especialista a levar calopsitas para fora da Austrália. Em 1884, a fama das calopsitas cresceu, porém foi em 1950 que a popularidade aumentou de forma bastante considerável por causa do arlequim, calopsita surgida através da primeira mutação de cor.

CARACTERÍSTICAS


A calopsita é uma ave dócil que pode ser conservada como animal de estimação. A plumagem pode ser de várias cores: amarelo, branco, cinza, etc. Normalmente a calopsita tem em cada face uma pinta laranja que protege os ouvidos da ave, porém as albinas não possuem nenhuma pinta. No macho adulto a face é amarela com a pinta laranja, na fêmea a face é cinzenta com infiltrações de amarelo e a pinta laranja não se destaca tanto (não necessariamente), outra diferença entre o macho e a fêmea é a parte interna da cauda, pois na faze adulta a do macho é de uma unica cor, equanto a da fêmea possui um rajado amarelo e preto. A crista no topo da cabeça também varia de cores. O comprimento médio é de 30 cm. É uma ave muito inquieta, que pode estar horas a emitir gritos, mas podem assobiar e algumas chegam até a falar (ex:seu nome, ou alguma outra palavra que ouve com grande frequência). Apenas os machos conseguem falar, mas há algumas exceções em que as fêmeas conseguem falar.
São aves resistentes e suportam bem o clima, desde que convenientemente abrigadas contra ventos e frio extremos. Com uma alimentação balanceada e o cuidado adequado, podem viver até 25 anos, a questão da alimentação é uma das mais importantes para o bem estar da ave e deve ser pensada tendo em conta o espaço que a ave tem para fazer exercício, mas também em função do clima. 
Assim, aves que não tenham possibilidade de fazerem exercícios não devem ter incluídos na dieta alimentos com alto teor em gordura como a semente de girassol. Para este animal poder ingerir semente de girassol ou semente de linhaça que pode se administrada com cautela, por exemplo, precisaria voar muitos quilômetros para gastar a energia contida.

MUTAÇÕES

Na natureza encontra-se somente o padrão Cinza Silvestre, porém com a domesticação dessas aves, foram surgindo novas mutações tais como:

Cinza Silvestre, mutação encontrada na Natureza e muito apreciada por criadores por serem excelentes na procriação
LUTINO: Ave caracterizada pela falta de Melanina no corpo (Pigmento que dá o tom cinza nas aves). Aves com pés e bicos rosados e olhos vermelhos.




PÉROLA: Ave com pintas mescladas nas asas, podendo ser da variação CINZA ou CANELA, geralmente as aves tem os pés e bicos escuros e olhos pretos.






CANELA: Parecido com o cinza, só que em um tom amarronzado.








ARLEQUIM: Ave com "manchas" nas penas sem uniformidade.






CARA BRANCA: Ave de corpo acinzentado e com a face Branca. Pode se encontrar todas as mutações acima junto com a Cara Branca, como por exemplo, Canela CB, Perola CB, Arlequim CB..




LUTINO CARA BRANCA: Comumente chamado de "Albino" o Lutino CB, é uma ave cujas penas não tem pigmentação nenhuma.


REPRODUÇÃO

A reprodução poderá ser feita a partir de 12 meses durante todo o ano, mas é aconselhável tirar apenas duas ou três ninhadas por ano. Tem uma postura de quatro a sete ovos com incubação de 17 a 22 dias. Os filhotes devem ser separados dos pais com oito semanas de vida.
De acordo com experiências mais atuais, pode-se constatar que em sua primeira postura, a fêmea acasalando com um macho de idade inferior a 12 meses, produziu quantidade inferior a 4 ovos.
O ninho pode ser horizontal ou vertical, mas geralmente são utilizados ninhos verticais de 30 cm de altura. O fundo do ninho deve ser coberto com turfa ou aparas de madeira. Ambos os sexos chocam, os machos principalmente de dia e as fêmeas de noite.
Na natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente, em cativeiro a reprodução pode ser feita o ano todo, mas principalmente na primavera e/ou verão. Na floresta essa ave procura geralmente um eucalipto que esteja próximo à água e faz seu ninho em algum buraco já existente na árvore.




Casal de calopsita de mutação Cinza Silvestre.
Pode-se notar o Ninho horizontal em formato de caixa e com uma entrada redonda.




 Casal de calopsitas acasalando.





Fêmea Cinza Silvestre Chocando seu quatro ovos.









Filhote de Calopsita com 15 dias








Casal de Calopsitas com seus filhotes.
(Reparem que a fêmea já colocou ovo de novo.)




ABAIXO COLOQUEI A FOTO DE ALGUMAS CALOPSITAS NA NATUREZA.





Macho se alimentando.







Dois machos em um galho de Árvore.




Calopsita Voando, provavelmente em busca de alimento.















Casal de Calopsita no ninho.
*Calopsitas são monogâmicas, ou seja, elas formam casais pra vida toda.




Filhotes de Calopsitas espiando o mundo pela primeira vez.. 










Casal de Calopsitas com o filhote entre eles.

Curiosidade.
Mesmo após sair do ninho, alguns filhotes permanecem preto dos pais durante mais uma semana, e nesse período o macho ainda alimenta os filhotes algumas vezes, diferente da fêmea que não alimenta os filhotes depois que saem do ninho.

Espero que tenham gostado..
Sou criador de calopsitas e adoro esses animais fantásticos..
Qualquer dúvida sobre eles é só enviar um e-mail para:
marcosfelipe.carvalho@hotmail.com