segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Papagaios: Alimentação e Manejo.

Hoje eu vim falar de um animal que já faz parte de muitas famílias brasileiras a anos. O Papagaio-Verdadeiro.
papagaio (também conhecido como louroajeruajurujeru e juru), é uma das muitas aves pertencentes à ordem dos Psitaciformes, família Psittacidae, principalmente do gênero Amazona. Vive cerca de 100 anos e, regra geral, forma um casal para toda a vida. Os papagaios têm, como características, um bico curvo e penas de várias cores, variando muito entre as diferentes espécies. Alguns papagaios são capazes de imitar sons e, inclusive, a fala humana. A família Psittacidae inclui, também, as ararasperiquitosmaracanãs,jandaias e apuins.

Descrição
O papagaio-verdadeiro é principalmente um papagaio verde com cerca de 38 cm (quinze polegadas) de comprimento e pesa cerca de quatrocentos gramas. Tem penas azuis na testa, acima do bico e amarelo na cara e coroa. Distribuição do azul e amarelo varia muito. A cor da íris dos adultos é amarelo-laranja no macho ou vermelho-laranja na fêmea. Se destaca um fino anel externo vermelho. Os imaturos têm íris marrom uniforme. O bico é negro no macho adulto. É uma das espécies mais inteligentes de ave do planeta. Sua expectativa de vida é de oitenta anos. Os papagaios-verdadeiros também costumam repetir o que ouvem de seus donos.

Raças geográficas
Existem duas raças geográficas: Amazona aestiva, com asa vermelha, no Brasil oriental, e A. aestiva xanthopteryx, com penas pequenas superiores e a cabeça amarelas
Além disso, há importantes variações individuais em ambas as raças, como o padrão facial e da quantidade de cor amarela e vermelha no ombro. As espécies com essencialmente nenhum amarelo na cabeça e o ombro totalmente verde são conhecidos de norte-oeste da Argentina.

Habitação e distribuição geográfica
É encontrado em mata úmida ou seca, em beira de rios e cerradões na BolíviaParaguai e Norte da Argentina. No Brasil, ocorre do Nordeste, mais especificamente em PiauíPernambucoBahia, pelo Brasil central nas Minas GeraisGoiás e Mato Grosso, ao Rio Grande do Sul.
Desde a década de 1990, tem sido observado com crescente frequência na Grande São Paulo. Provavelmente, escapes de cativeiros contribuíram para isso, mas é certo que estas aves têm se adaptado e se reproduzido na capital paulista.


Criação
O papagaio-verdadeiro faz ninhos nas cavidades de árvores. Os ovos são brancos ovais e medem cerca de 38 x 30 milímetros. Há geralmente três a cinco numa ninhada. A fêmea incuba os ovos por cerca de 27 dias e as crias deixam o ninho cerca de 60 dias após a eclosão.
Estado
A situação desta espécie é avaliada como pouco preocupante pela BirdLife International. Continua a ser comum em toda uma parte significativa da sua área e não há evidência de um declínio da população, apesar da espécie estar sendo fortemente negociada: desde 1981, quando foi cotada na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção no Apêndice II, 413 505 indivíduos selvagens capturados foram registados no comércio internacional. A a espécie é uma praga agrícola na sua região nativa.
Paradoxalmente, o comércio ilegal pode ter contribuído para a expansão da gama deste papagaio. Está se tornando comum, por exemplo, no Rio de Janeiro, que não é uma parte da sua região histórica, o que é atribuído ao escapamento da espécie do cativeiro. Os papagaios são capturados clandestinamente e transportados para serem vendidos ilegalmente. A única maneira legal de possuir essa e outras aves da fauna brasileira é possuindo uma ave com anilha, documento e ter a permissão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Além da captura, se perdem ovos e muitos filhotes morrem no ato da retirada das aves dos ninhos, pois frequentemente derruba-se a árvore, eliminando assim também os locais favoráveis para reprodução, como exemplo, as palmeiras velhas, que são os melhores locais para essas aves procriarem.


Alimentação
Sua alimentação na natureza é a base de castanhas, frutas silvestres e sementes, principalmente leguminosas. Em cativeiro são oferecidos, além da ração comercial, frutos, sementes e vegetais, uma simulação de alimentação balanceada com todos os nutrientes necessários para uma vida saudável em cativeiro, quando filhotes, em cativeiro, precisam de cuidado redobrado, pois é necessária a monitorização da alimentação que deve ser dada diretamente na boca, até que ele tenha a capacidade de se alimentar sozinho.

Na natureza, procuram seu alimento tanto nas copas das árvores mais altas, como em certos arbustos frutíferos. Ao subirem na ramaria, utilizam o bico como um terceiro pé; usam as patas para segurar a comida, levando à boca. Gostam mais das sementes do que da polpa da frutas. São atraídos por árvores frutíferas como mangueirasjabuticabeiragoiabeiraslaranjeiras e mamoeiros
OBS.: Nunca alimente seu papagaio somente com sementes de Girassol, pois a mesma contem um teor de óleo muito grande, que pode deixar o seu pássaro obeso e com problemas hepáticos.

Gaiola
Como para os outros psitacídeos, não é indicado deixar os papagaios em gaiolas redondas.
A gaiola deve permitir o animal abrir as asas sem que a mesma toque as laterais da gaiola, e permitir que ele suba nos poleiros sem que a cabeça toque o teto e o rabo toque o chão.
Abaixo algumas fotos de gaiolas.









Algumas doenças que sua ave pode apresentar:
  • Coccidiose ;
  • Piolhos das penas e do corpo: O pássaro se coça constantemente e observando as penas da asa aberta contra a luz, podemos notar o dano causado nas penas, como pequenos traços escuros.
  • Estafilococose: É uma bactéria que provoca lesões nas plantas dos pés, como pequenos abscessos que dificultam o pouso; em seguida atingem os dedos que se necrosam. Essas ulcerações quando espremidas, segregam um líquido purulento. A falta de higiene tanto do criadouro, quanto dos poleiros são os responsáveis .
  • Conjuntivite: algumas vezes, é adquirida por contágio, outras decorrem do traumatismo causado por pancadas na própria gaiola ou ainda esfregando, roçando, friccionando ou atritando ou olhos em qualquer parte da gaiola ou mesmo em poleiros sujos.
  • Fraturas: Não é raro aparecer pássaros com os membros quebrados. Os caso mais comuns, são das pernas e das asas, especialmente quando são retiradas penas.
  • Ácaros respiratórios e piolhos vermelhos: Ocorre o acesso asmático repentino, porém mais freqüente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar, respiração penosa, sibilante com assobio, acesso de tosse com expectoração contendo muitos ácaros, plumagem em desalinha, abertura do bico com os movimentos respiratórios Após os ataques, os pássaros voltam ao estado normal. Tratamento: isolar o pássaro doente e levá-lo ao veterinário.
  • Pneumonia: Os sintomas são falta de vivacidade, respiração difícil, o bico pode ficar com uma cor violácea. o pássaro coloca a cabeça para trás abaixo das asas: a cauda acompanha o ritmo respiratório, febre, asas caídas e penas soltas.
  • Asma Sintomas: os enfermos exalam uns sons semelhantes a pequenos gritos, especialmente ao anoitecer e na parte da manhã. A respiração, via de regra, é forçada, arquejante. As causas são alimentação imprópria, predispondo à obesidade, gaiolas muito sujas, ambiente mal ventilado e banhos em dias muito frios. Pode ocorrer a queda do poleiro, morte por asfixia. Nos casos muito graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas, respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Devemos eliminar as principais causas prejudiciais, frio, vento, poeira, umidade, etc.
  • Bronquite /Traqueite ; narinas obstruídas, bico aberto a ave para de cantar, fica agitada, com tosse seca e rouquidão, catarro, plumas soltas, respiração com o bico aberto e muito difícil. O tratamento deve ser realizado sob orientação veterinária. Coriza É um dos problemas mais comuns dos pássaros, aparecendo com freqüência nos criadouros. Onde temos a falta de vivacidade, anemia, corrimento das narinas e também dos olhos. O catarro torna as penas em torno das narinas, com tosse, respiração difícil Dispnéia e Mucosa congestionada.
O tratamento, de todas as doença acima citadas, deve ser realizado sob orientação veterinária.


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